“Mas o nobre projeta coisas nobres e em sua nobreza perseverará” (Isaías 32.8). Vivemos um tempo de escassez de líderes em vários seguimentos. Falta nobreza e excelência na liderança. Muitos não carregam em si características essenciais e, ao mesmo tempo, básicas para o desenvolvimento da função, como atrair, comandar e influenciar pessoas de forma positiva.
Ao lermos Isaías 32.1-2, percebemos que o texto se refere a manifestações da natureza. Elas são fenômenos temporários, determinadas por estações do ano. Assim também é o ciclo da vida. Não podemos prever o que acontecerá, mas como líderes devemos saber dos atos de nobreza para uma liderança eficaz, aprovada por Deus.
A grande escassez de líderes aprovados nos nossos dias se dá pelo fato de serem apenas mandantes, deliberando ordens que se baseiam em seus próprios interesses, buscando pleitear interesses, legislando em suas próprias causas. Pois todos eles buscam o que é próprio, não o que é de Cristo Jesus. Não com retidão e justiça, baseados na Palavra, que nos dá um modelo de liderança cristã aprovado por Deus.
A nobreza de um líder constitui-se em zelar por sua liderança nos tempos de tempestade; serve de abrigo. Isso fala de proteção no tempo de seca, provisão, coisas básicas para manter seus liderados saudáveis, confiantes em sua liderança no cumprimento do propósito. É mentoria, não monitorar; discipular, não manipular; exercer autoridade, não autoritarismo; ser facilitador, não dificultador; ser pacificador, consolidador de um grupo de pessoas às quais a Bíblia chama de Corpo de Cristo. A nobreza de uma liderança é reconhecer que faz parte desse Corpo também, e apenas recebeu a responsabilidade de conduzi-los a um propósito, que é estabelecer o Reino de Deus. “Todo o corpo bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.16).
Todo e qualquer êxito de uma liderança não está firmado no título desejado por tantos, mas no desenvolvimento da função reconhecida pelos seus liderados de forma natural, não buscando reconhecimento humano qualquer no reino de Deus; o líder não é maior do que o liderado, apenas as funções são diferentes. “Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no Corpo, como lhe aprouve” (1Co 12.18).
Estamos vivendo um tempo de crescimento em que todos os membros do Corpo precisam estar envolvidos a serviço do Reino, independentemente da função no Corpo. Lembremos que o mais importante é servir. Foi para o nosso estímulo que Jesus disse, em Mc 10.35-45, que não é o lugar onde estamos assentados que nos torna superiores ou maiores, até mesmo porque esses lugares são reservados para os que Deus escolhe para assentar, mas o que nos torna grande é a humildade de servir como menores, considerando a importância do que estamos fazendo e servindo.
Somos uma Igreja, com o propósito de saquear o inferno e povoar o céu; não estamos atrás de números. Há vidas que precisam ser cuidadas e consolidadas na fé.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário, Eu vos escolhi a voz outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de tudo quanto pedirdes ao meu Pai Ele vo-lo conceda”. (Jo 15.16)
Queridos irmãos, os campos estão brancos, prontos para a colheita. É hora de trabalhar enquanto é dia, acima de tudo, por modo digno do Evangelho de Cristo (Fl 1.27).
www.lagoinha.com