Moisés clamou ao Senhor, e este lhe indicou um arbusto. Ele o lançou na água, e esta se tornou boa. (Êxodo 15.25)
QUEBRA GELO: Quando foi a última vez que você sentiu muita sede? Alguma vez você passou pela experiência de estar num lugar com muita sede e não ter água potável a seu alcance? Compartilhe sua experiência.
O Povo de Deus estava por três dias a caminhar pelo deserto do Sinai. Lembre-se de que eram muitas famílias e que além de pessoas havia também rebanhos de animais. A água era muitíssimo importante para a sobrevivência do povo. A Bíblia narra que tendo chegado ao lugar chamado de Mara (que significa “amargo”), a água que havia ali era imprópria. Foi quando o povo todo começou a reclamar.
Reclamar ou murmurar é a tendência de toda pessoa ao passar por um momento de prova ou dificuldade. Porém, a reclamação não produz solução, pelo contrário, desagrada o nosso Deus. Observe que ao passo que o povo de Israel reclamava, Moisés clamou a Deus. Esta é uma lição muito importante para todos: o clamor é um recurso que temos em Deus.
DEUS MESMO NOS CHAMA AO CLAMOR.
Foi o profeta Jeremias quem registrou as palavras do Senhor nos ensinando a usar o recurso do clamor. Em Jeremias 33.2-3, lemos: Assim diz o Senhor que fez a terra, o Senhor que a formou e firmou; seu nome é Senhor: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que você não conhece.
Deus tem conhecimento e novidades que Ele pode e quer compartilhar conosco. Ele quer nos beneficiar como fez com Moisés ao revelar a Ele a forma de transformar as águas de Mara.
Moisés conhecia o recurso do clamor. Buscou a Deus e logo recebeu uma direção que resultou em purificação das águas. Esta é uma lição para aplicarmos em todas as situações quando estivermos enfrentando dificuldades. Ao invés de reclamar, usemos o recurso do clamor a Deus.
DAVI TAMBÉM CONHECIA O PODER DO CLAMOR.
É impressionante como os nossos enormes problemas são tão pequenos quando colocados aos cuidados do nosso Deus Todo-Poderoso. Os problemas não podem nos fazer esquecer do poder do nosso Deus. O Salmo 34 é um dos grandes salmos do rei Davi, onde registrou que sabia usar este recurso:
Proclamem a grandeza do Senhor comigo; juntos exaltemos o seu nome. Busquei o Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores. Os que olham para ele estão radiantes de alegria; seus rostos jamais mostrarão decepção. Este pobre homem clamou, e o Senhor o ouviu; e o libertou de todas as suas tribulações. (Sl 34.3-6).
Davi louva a Deus neste Salmo por causa de uma solução que o Senhor lhe deu após um clamor. Acredita-se que ele se referia especificamente a uma situação inusitada que viveu antes de tornar-se rei de Israel, quando precisou refugiar-se entre os filisteus da cidade de Gate, inimigos históricos dos israelitas. Davi conta que não sabendo o que fazer, clamou a Deus e teve um livramento. Este livramento foi em conseqüência de uma estratégia “maluca” (cf. I Samuel 21.10-14).
QUANDO A AMARGURA É UM OBSTÁCULO.
Interessante observar que Davi nunca se deixou dominar pela mágoa para com Saul, o homem que tentou de todas as formas matá-lo. Amargura é um sentimento que envenena o coração do homem e estraga sua vida. Assim como as águas de Mara. A amargura precisava ser removida e para isto, um arbusto foi usado. Para remover a amargura de uma alma, a cruz de Jesus é o remédio.
O apóstolo Pedro escreveu sobre a realização de Jesus na cruz e a cura que recebemos através do sacrifício de Jesus (cf. I Pe 2.24). O plano de Deus para nossas vidas é que “um rio de vida” flua do nosso interior (cf. Jo 7.38 e 4.14). Este fluir é impossibilitado quando existe amargura em nossa alma.
CONCLUSÃO: Conclua este estudo conduzindo as pessoas presentes num tempo de oração no qual possam liberar perdão e serem purificados de toda amargura. Ajude-os a clamarem a Deus por salvação, cura e direção.