Ele já não era um menino, pois conhecia seus direitos, principalmente, aquele chamado herança. Apesar de ter tudo o que precisava na casa do pai, queria muito mais. A cobiça dominou a sua alma. A independência lhe parecia um sonho.
O que ele não sabia era identificar o tempo apropriado para todas as coisas. Aquele jovem ignorava os limites e as consequências. Jamais poderia imaginar que, saindo de casa, não teria apenas um falso sentimento de liberdade e um curto período de prazer, mas acabaria no chiqueiro. Quem sai de casa antes da hora não está contando com as contas a pagar. Da mesma forma, por exemplo, os que se entregam ao vício do cigarro não esperam um câncer nos pulmões. Os beberrões não contam com a cirrose. Os desonestos desconsideram as prisões que os aguardam. Os que se dão ao sexo ilícito não pensam na AIDS e na gravidez indesejada, ou julgam-se capazes de evitar tudo isso. Evitariam, sim, se mantivessem distância desses pecados.
O filho pródigo sabia gastar dinheiro, mas faltava-lhe a habilidade para ganhar, guardar e administrar. Um dia, aquele jovem lembrou-se do pai. Ele era filho e não porco. O que fazia no chiqueiro? Os prazeres do pecado levam à lama, à sujeira, podridão e mau cheiro. Ali estava ele, sem família e sem amigos; não tinha dinheiro nem paz nem alegria. Então, arrependido, decidiu levantar-se e voltar para casa; e assim fez. O Evangelho nos fala de outro Filho que deixou a casa do Pai: Jesus Cristo, mas não por cobiça nem rebeldia. Ele veio a este mundo para buscar os filhos perdidos. Ele quer que todos nós façamos como o pródigo.
Tome uma decisão hoje. Volte para a casa do Pai. Ele está de braços abertos esperando por você. Ao receber o filho, o pai não fez cobranças, mesmo porque o rapaz não teria como pagar. Nós também não temos como pagar nossa dívida de pecado diante de Deus, mas Jesus pagou por nós. Havendo recebido sua parte da herança, o filho não tinha mais direito algum. Entretanto foi acolhido pela graça. Assim somos nós. O Filho voltou e a festa começou. Na presença do Pai há alegria constante, e não precisamos da falsa alegria que o pecado nos oferece.