O livro de Provérbios contém conselhos de um pai para um filho. O capítulo 31, como uma espécie de anexo, traz os ensinamentos de uma mãe. O início do livro já sintetiza bem essa característica: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não deixes a doutrina de tua mãe” (Pv.1.8). O autor se refere aos pais que servem a Deus e têm a responsabilidade de orientar seus filhos no caminho do bem, da verdade e da justiça. Depois, vêm os desafios fora de casa: “Filho meu, se os pecadores, com sutileza, te quiserem tentar, não consintas” (Pv 1.10). Percebemos nesse contexto o confronto entre os valores da família e as influências externas negativas que, muitas vezes, invadem hoje os nossos lares através dos meios de comunicação.
Primeiro vem o ensinamento, depois a tentação. Entre uma coisa e outra encontra-se o desejo. Nossos principais erros e acertos na vida relacionam-se ao domínio sobre a cobiça. A tentação envolve a oferta de vantagens e ganhos diversos (Pv 1.11-14). São atrativos que levam principalmente os mais jovens. Precisamos, porém, estar atentos ao fim deste caminho de pecado: uma prisão para a alma. “Estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e a sua própria vida espreitam. Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela prenderá a alma dos que a possuem” (Pv 1.18-19). As influências ruins são como vírus que estão por toda parte, mas os bons ensinamentos são como vacinas que protegem e preservam a vida.