“A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada”. (Provérbios 31.30)
No dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Essa data representa a conquista dos movimentos femininos por melhores condições de trabalho, aumento de salário e acesso à educação. A luta das mulheres também alcançou o direito ao voto e o crescimento da igualdade dos direitos entre elas e os homens. Essas melhorias no universo feminino também estão presentes na igreja, onde a mulher tem tido, com o passar dos anos, mais oportunidades de participação ministerial, alcançando, pela misericórdia de Deus e para Sua glória, posições de liderança.
Mas, dentro desse cenário de muitas conquistas, alguns valores cristãos femininos foram perdidos, e é essencial resgatar a essência da mulher cristã e seu papel no Reino. As revistas modernas exibem a beleza feminina de forma sensual e pejorativa, buscando chamar a atenção do público para as curvas do corpo. Mas, no Reino de Deus, ela é elogiada pela sua sabedoria, bondade, obediência e pureza.
Em Provérbios 31.10-31, encontramos o retrato de uma mulher que é mais valiosa do que pedras preciosas. Ela honra o marido com suas atitudes, cuida do lar e só lhe faz o bem. Ela não é preguiçosa, trabalha diariamente, é hospitaleira, acolhe os necessitados e ensina a Palavra de Deus para os filhos. Ela “fala com sabedoria e ensina com amor”. (Pv 31.26). Mas essa fotografia ideal só é alcançada pela graça de Deus, buscando o Seu favor diariamente, com meditação na Palavra, uma vida de oração e de comunhão com Deus sem cessar. É um perfil que vai sendo construído ao longo da vida, dando um passo por vez.
Na Bíblia, encontramos muitos exemplos de mulheres que foram reconhecidas por suas atitudes honestas, íntegras e louváveis, que são frutos de uma vida temente a Deus.
Em Gênesis, Rebeca foi escolhida para ser esposa de Isaque pela sua postura como serva. Ela ajudou o servo de Abraão, dando água para seus camelos. E Raquel também estava trabalhando, mas como pastora de ovelhas, quando foi vista por Jacó.
No livro de Rute, essa foi reconhecida por Boaz, seu resgatador, como uma mulher virtuosa. Ela decidiu ajudar sua sogra Noemi, que estava viúva e sem filhos, sendo bondosa e melhor para ela do que muitos filhos.
Em Samuel, Ana é reconhecida como uma mulher de oração, que busca ao Senhor em meio às suas tribulações. E, quando recebe de Deus o filho que não poderia ter por ser estéril, cumpre seu voto e o oferece a Deus.
No livro de Ester, essa moça comum é escolhida por Deus para ser posicionada como rainha. Chegando o tempo de perseguição ao povo judeu, ela optou por interceder junto ao rei, correndo o risco de perder seu cargo e sua própria vida em favor dos israelitas.
E como não lembrar das mulheres do Novo Testamento! Dorcas, que era discípula e se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas. A mulher samaritana, que se encontrou com Jesus e foi evangelista, compartilhando a mensagem para outras pessoas. Maria Madalena, que tornou-se rendida totalmente a Jesus depois de ser restaurada pelo Seu poder. A viúva pobre, que ofertou duas moedinhas no templo, provando seu desapego às riquezas do mundo. Maria, mãe do menino Jesus, que escolheu ser serva e se deixou ser usada por Deus.
E, ao redor do mundo, hoje, também existem muitas mulheres dedicando sua vida para o Reino de Deus. Oremos para que permaneçam firmes em perseverar no caminho e continuem sendo exemplos para todas aquelas que precisam. “Que ela receba a recompensa merecida e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade” (Pv 31.31).
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