Depois da segunda metade do século XX, com o avanço da tecnologia, que deu aos cientistas maiores condições de realização de cálculos intensos em um intervalo de tempo menor e com menos esforço físico e mental, algumas áreas das ciências e, especialmente, da matemática ganharam uma projeção enorme.
Um desses grandes avanços aconteceu no que foi chamado de Teoria dos Fractais, uma parte da matemática que se dedica ao estudo de estruturas ou formas geométricas não euclidianas; e também na Teoria do Caos, que estabelece que um fenômeno, mesmo sem uma forma definida, pode ser previsto ou estudado, isto é, de uma forma simples, existe uma ordem na desordem ou no caos.
Essa visão matemática encontra um eco nas palavras do profeta Isaías, quando ele escreve que Deus não criou a terra para que ela fosse um caos, ou vazia, mas a formou para que fosse habitada e tivesse uma forma definida (Is 45.18).
Um outro texto bíblico, desta vez no livro de Gênesis, logo no primeiro capítulo (Gn 1.2), diz que: “A terra estava sem forma e vazia (um caos), havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas”, indicando claramente que, mesmo estando em um estado de aparente caos ou desordem, havia um trabalho do Espírito sendo realizado de maneira planejada e ordeira, isto é, numa situação de aparente desordem, havia uma ordem e leis sendo estabelecidas, justificando, assim, as palavras do profeta Isaías citadas acima.
Em muitos momentos parece que as circunstancias são completamente caóticas, e as coisas não têm nenhuma forma ou definição. Talvez seja exatamente esse o melhor momento de agir, estabelecendo uma ordem no caos, ordem esta que já existe, nós é que ainda não conseguimos equacioná-la ou entendê-la.
Lembre-se, então, que: “Se você esperar as condições perfeitas para fazer alguma coisa, nunca vai fazer nada”, pois estas condições nunca estarão perfeitas, estão em constante movimento e interação, uma constante evolução, e, neste caso, a perfeição não será percebida.